Trobadour Solitaire

Uma das boas coisas da França que eu pude conhecer foi o Slam. Tudo bem que não é algo francês, mas eu conheci o maior e melhor slammeur(quem faz slam) da França. Grand Corps Malade.

O slam é uma arte de expressão popular oral, declamatória, que se pratica em lugares públicos como bares bem como em associações.

A palavra slam designa na gíria americana "batida", termo retirada da expressão "to slam a door" que significa literalmente "bater a porta" "batida". No nível da poesia oral e pública, trata-se de pegar o público pelo pescoço e de bater nele com palavras, imagens, para emocioná-lo.

O slam nasce em 198 quando Marc Smith, encena uma poesia num clube de jazz em Chicago. Ele procurava dar um novo sopro às encenações publicas de poesia fazendo o público participar delas.

Marc odiava as encenações publicas de poesia, constantemente longas e chateantes. Seu objetivo era de criar uma encenação lúdica para melhorar a qualidade do espetáculo, mas também de dar qualidade na poesia: algumas pessoas, membros de um júri arbritrário, expressava os seus gostos subjetivos. Ele suscitou uma paixão popular que lhe merece pouco a pouco de se propagar em Nova Iorque, depois do mundo inteiro.

Na França, o slam é muito conhecido devido a Grand Corps Malade(nome artitístico de Fabien Marsaud). Um grande poeta da periferia francesa que, depois de um acidente o qual o deixou quase paralítico, decidiu seguir os passos de Marc e fazer slam no país da baguette. A idéia deu tão certo que ele ganhou vários prêmios no Victoires de la Musique(Oscar da música francesa). Suas letras são recheadas de imagens belas,diretas, às vezes complexas, mas sempre tocantes. Sentimos prazer em ouvir sua grave voz,poderosa e também de ler seus poderosos, ricos e sublimes textos que nada mais são que a sua vida.

Infelizmente no Brasil, o slam não é muito conhecido nem muito menos feito, porém em São Paulo há um sarau chamado, Sarau da Cooperifa, onde qualquer pessoa pode ir lá e declamar uma poesia, uma música, enfim qualquer expressão textual-artística. Sarau este organizado pelo grande poeta Sérgio Vaz que decidiu fazer dos bares lugares de expressão poética bem como pensou Marc nos EUA e Fabien na França. O que importa é se expressar e da melhor forma possível: a espontânea e sem muito beletrismo.

Conheça Grand Corps Malade(vídeo legendado) e em seguida veja a reportagem sobre o Sarau da Cooperifa em São Paulo.






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Se você tem uma predileção por hipermercados sobretudo na chamada hora do rush, você não suporta ver uma vaca senão em forma de um bife, as lixeiras te dão nojo ou ainda, dá vontade de jogar um pote de iogurte um dia depois de vencido, então você não é um Freegan. Os Freegans são exatamente o oposto
Nascido em Manhattan, esse movimento é oriundo de uma escolha: a não de se inscrever num processo de consumo clássico que tenderia a fazer deles atores da economia mundial, os consumidores ordinários. O modo de vida alternativa deles se baseia sob princípios simples de humanidade que podem ser a comunidade, a partilha, a solidariedade, a generosidade,...

Os Freegans se ajudam e se conduzem afim de não sucumbir a tudo que nossa sociedade moderna propõe de materialismo ou ainda de concorrência, avareza. O termo designa uma prática que consiste em recuperar alimentos ou todas as coisas nas lixeiras das grandes lojas e de restaurantes. Como já dito, o berço desse movimento foi em Manhattan onde as pessoas decidiram se alimentar exclusivamente de alimentos encontrados nos lixos.
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Já ouviu falar do BookCrossing?

O
BookCrossing é a prática de deixar um livro num local público, para ser encontrado e lido por outros, que continuarão esta corrente. Um conceito que surgiu nos EUA(por incrível que pareça!!!).
Criado em quatro semanas de 2001, o www.bookcrossing.com administra um banco de dados com os passos das obras abandonadas e os comentários dos leitores. Antes de libertar um volume, o "bookcrosser" deve registrá-lo no site gratuitamente e dar as coordenadas de onde o "esquecerá", devidamente etiquetado com os procedimentos que a pessoa que o encontrar deverá seguir.
O objetivo do Bookcrossing é transformar o mundo inteiro numa biblioteca. Os membros desta comunidade de leitores virtuais (e que não conhecem limites geográficos) possuem um sentimento de partilha tão grande que não se importam de libertar os seus próprios livros em locais públicos (tais como cafés, no metrô, transportes públicos e em qualquer lugar que a imaginação ditar), em vez de os manterem parados nas estantes para que o maior número de pessoas os possam ler, tornando desta forma o acesso à cultura e especificamente à leitura verdadeiramente universal. Infelizmente tal hábito não é ainda praticado no Brasil visto que perdemos nosso tempo inteiro vendo novelas, jornais babacas ou lendo revistas ainda mais babacas. Eu confesso que ainda não me cadastrei no site, porém eu empresto meus livros para qualquer pessoa e qualquer livro.

Com este sistema, acaba-se pouplarizando a cultura e possibilitando que outras pessoas que não possuem recursos financeiros para adquirir um livro, possam, mesmo que por acaso, ter acesso a obras interessantíssimas.

Gostou da idéia e ficou curioso? Então participe da versão brasileira do BookCrossing.

Acesse http://www.livr.us/

Deixar um livro num lugar publico para que alguém o encontre, dispara uma adrenalina muito legal, sem falar o quanto é divertido! Ou então peça emprestado ou empreste!


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