Trobadour Solitaire

Como no ano passado, decidi fazer mais um grande resumao do ano. Esse foi sem duvida menos agitado, mas nao menos emocionante.
Tudo o que eu mais temia nao aconteceu: consegui o mestrado que eu eu queria e comecei um outro. Mais profissional e menos passionante.

Me dei conta que as vezes é necessario fazer algo que não faz seu coracao bater mais forte, é necessario fugir de Pasargarda intelectual e cair no grande mundo pos moderno industrial que deseja nos consumir. Este tem bastante dinheiro, sucesso para nos oferecer se soubermos como lidar com ele, mas o mesmo pode ser nosso fim.

2009 sera sem duvida um ano que eu nao apagarei da memoria, feridas se transformaram em grandes flores cujo perfume me deu uma nova vida. Uma nova familia, novas pespectivas. Ainda continuo acreditando que sao os sonhos que alimentam as nossas vidas as quais é necessario alimentar com dinheiro. Além disso, é necessario sobretudo vontade de sair, fugir da realidade que nos circundou durante um longo tempo, varios veroes. O desconhecido é uma sensacao que nos fizeram acreditar que deve sempre ser dito, existir apenas nas conversas de orelha em orelha. Eu preferi grita-lo, melhor ainda, verbaliza-lo em ação.

Planos esta ai, afinal tudo é possivel quando se vive e quando se caminha sob os mortos, torcendo para que nunca caminhem sob nos.
Marcadores: , 1 reações | | edit post
Trobadour Solitaire

Cette semaine je me suis rendu compte de l'importance des défis dans la vie. Sans cela, notre vie serait comme une tentative de rédemption catholique. Il n'y aurait guère le plaisir de serrer dans les bras la personnes qu'on a attendu pendant longtemps tout seul. Il n'y aurait point le cœur qui bat plus fort lorsqu'on voit celle ou celui pour qui on s'est battu pendant longtemps. Et finalement il n'y aurait aucune sensation si j'avais choisi de faire une vie en France d'une manière simple.

J'ai donc préfère casser la vitre de la fenêtre avec la main et sauter dedans lorsqu'on m'a claque la porte. Je saigne toujours, mes sans doute ça guérit vite grâce a ceux qui m'ont fait toujours confiance.Les mains des uns et les mots des autres m'ont levé du sol en cendres. Un après je n'arrête toujours pas de les remercier de m'avoir permis de gouter les divers saveurs que j'ai dévoré pendant tout ce temps. Une vie à deux, des nouveaux amis, même un autre frère perdu dans quartier populaire de Lyon qui frimer grâce à ses doctorats...

Il a fallu serrer bien fort la poignée de main pour ne pas lâcher, mais voila que désormais les règles du jeux sont justes si on voit par une vision non-marxiste (n'est-ce pas Fabiano ? )

Tout est possible lorsqu'on a un réseau sur lequel on peut travailler et s'appuyer. La distance entre le zéro et le mil c'est un pont imaginable qui s'appelle : "j'ai peur de..."

2010 sera sans doute encore une année ou je serais battu, mais ça sera surtout l'année ou je refuserai aucune bataille pour traverser le pont qui me mènera au million.

Merci a tous
Marcadores: , 0 reações | | edit post
Trobadour Solitaire


"Eu passei 19 anos de minha vida a descobrir, interpretar o mundo por meio dos livros. Enriqueci-me culturalmente, intelectualmente, mas foram necessarios 365 dias para sentir todas as feridas e tristezas que nenhuma palavra soube me traduzir". Essas palavras sem duvida estarão no romance que eu estou escrevendo. Enquanto o livro é apenas uma idéia à venir, eu me dei conta que ja faz um ano que estou aqui em Lyon.

Ha 365 dias, eu começava uma nova vida. Eu diria que se voltarmos 365 dias, eu estaria morto. Havia um menino que sonhava. Existia um menino que se preparava para a vida com amigos, familia. Que julgava que todos eram iguais e que dinheiro nada mais era que algo nao necessario. Acredito que todos que me ouviam, viam, sentiam,falar, percebiam a vontade que eu tinha de ter uma nova vida. Pois bem, ela começou e durante todo esse tempo, eu tentei, ainda que lentamente e com uma frequência não tão excitante e doida como a minha vida, escrever tudo o que eu passei. Mas, a literatura, as palavras não podem traduzir a realidade mesmo que ja tenhamos visto nesse mundo Sartre, Céline ou Machado de Assis.

O inverno em Lyon não foi um daqueles russos ou canadenses, porém foi a estação mais dura e dificil para mim. Foi durante o inverno em que TUDO aconteceu. Tudo? Bem, toda a historia que um dia rasgara as paginas de um livro se passou durante o periodo de 31 de dezembro(data do incêndio) até.... eu não saberia dizer se ja é um fim....

Quantas vezes, vocês, amigos, me leram, ouviram dizer, falar que eu não ia mais ficar aqui? Que o gosto da derrota escorregava na minha boca? Varias. Porém, havia comigo uma força que me impedia de voltar, desistir: minha vontade de vencer. E eu não seria hipocrita de esquecer, duas grandes pessoas que me incentivaram pessoalmente e uma outra que sempre me apoiou em todos os momentos: Sofian, Amélie e Matthieu. Aprendi que amigos não são aqueles que você se diverte ou passa férias, mas aquele que divide o guarda-chuva com você mesmo não tendo nenhum. Das palavras dessas pessoas, eu achei a minha força para escrever tais palavras.

Eu visitei varias delegacias, prefeituras(na França ha varias), centro sociais. Não tive vergonha de pedir ajuda à ninguém, procurar emprego em todos os lugares, mesmo sexy shop, construção. Eu sempre quis apenas ter um lugar onde dormir e estudar, mas a vida me mostrou que eu não podia ser nem ter apenas isso. Vivi e vivo como um imigrante. Ningué pode me perguntar "como vai a sua estada na França, mas como vai a sua vida aqui. Eu diria que fugi de uma realidade que nunca existiu.A minha vinda para ca me faz pensar no mito da caverna de Platão. Eu sempre vi apenas uma sombra do que seria a realidade quando estava na casa de minha mãe. Acreditava em bobagens, como humanidade e ser humano. Saindo de la, as sombras se destruiram e viram pedras cortantes que me mostraram que ou você pisa e vence ou pisaram em você para vencer.


Eu sou cruel? Não. Se hoje eu estou aqui, foi porque alguém deixou de ser admitido no Mestrado em Lyon 3 ano passado, então eu pisei em alguém para vir aqui sem saber.

Depois de tudo que aconteceu, eu estou conseguindo abrir os olhos, apos um pesadelo.Começando um novo curso, conhecendo novas pessoas, sensações, aromas. Tudo se passa diante de mim como as coisas simples e belas que uma criança vê, tudo é novo, mas ao contrario das crianças, eu ando sempre prevenido, nunca distraido.

Qual o proximo projeto? Ninguém sabe.Não sei se todas essas confusões vai continuar ou um futuro normal esta à vir. As vezes, agradeço estranhamente ao cara que pos fogo na casa onde morava, pois esse acontecimento.

Eu cavo as linhas tortas do meu destino que não exerce nenhum poder sobre mim. A partir de agora, tudo pode se desmanchar no ar a cada sopro vizinho que passa por mim. Eu não sei se não fora importante tal aventura, mas eu duvido ainda mais se não serão importantes tantas outras que ai estão para vir.

Comment podemos derrotar o tempo e suas surpresas e manias? Nenhum movimento é possivel.
São os sonhos que alimentam nossas vidas, mas é o dinheiro que as faz viver. Talvez eu escreverei um manual cujo titulo sera: "Como estudar na France com 0€" ou para ser mais sincero: Como vir, viver e estudar na Europa sem nada: as desaventuras de um sonhador.
Marcadores: 3 reações | | edit post
Trobadour Solitaire

"Je passai 19 années de ma vie à découvrir, interpréter le monde à travers mes livres. Je m'enrichissai culturellement, intelectuellement mais il me fallut 365 jours pour ressentir toutes les blessures et tristesses qu'aucun mot ne pouvait traduire." Ces mots seront sans doute dans le roman que je suis en train d'écrire. Pendant que le livre est à peine une idée à venir, je me suis rendu compte que cela fait exactement un an que je suis ici, à Lyon.

Il y a 365 jours, commença une autre vie. Je dirais que si je retournai 365 jours en arrière, je serais mort. Il était un garçon qui révait. Il existait un garçon qui se préparait pour une vie avec des amis, avec sa famille. Qui jugeait que tous était égaux et que l'argent n'était qu'une chose vraiment pas nécessaire. Je crois que tous m'écoutaient, me voyaient, sentaient, parler, percevaient la volonté que j'avais d'avoir une nouvelle vie. Voilà, cela commença et durant tout ce temps, je tentai, quoique lentement et avec une fréquence pas aussi excitante et folle que ma vie, d'écrire tout ce qui se passa. Mais la littérature, les mots ne peuvent pas traduire la réalité bien que nous l'ayons déjà vu dans ce monde Sartre, Céline ou Machado d'Assis.

L'hiver à Lyon ne fut pas comme ceux russes ou canadiens, cependant ce fut la saison la plus dure pour moi. Ce fut pendant l'hiver où tout se passa. TOUT ? Bah, toute l'histoire qu'un jour déchirera les pages d'un livre se passa du 31 décembre jusqu'à.... je ne saurais pas dire s'il y a déjà une fin.

Combien de fois, vous, mes amis, m'ont lu, entendu , parlé que je ne voulais plus rester ici ? Que le goût de la défaite glissait sur ma bouche ? Plusieurs. Toutefois, il y a toujours eu avec moi une force qui m'empêchait de rentrer, rénoncer: mon envie de vaincre. Je serais hypocrite d'oublier 3 personnes qui m'ont encouragé tout le temps: Sofian, Amélie et Matthieu. J'ai appris que les amis ne sont pas ceux avec qui tu t'amuses ou tu passes tes vacances, mais plutôt ceux avec qui tu partages un parapluie même si tu n'en as pas.

J'ai visité plein de commissariats, mairies, centre sociaux. Je n'ai aucune honte de demander de l'aide aux personnex, ni de chercher des boulots partout même dans un sex shop ou dans le bâtiment. J'ai toujours voulu avoir un endroit où dormir et étudier, mais la vie m'a montré que je ne pouvais même pas en avoir. J'ai vécu et je vis comme un immigrant. Personne ne peut oser me demander: "Comment ça se passe ton séjour en France?" mais plutôt "Comment va ta vie en France?"

Je dirais que j'ai fuis une réalité qui n'a jamais existé. Ma venue me fait penser au mythe de la caverne de Platon. J'ai toujours vu à peine une ombre qui était la réalité quand j'étais à la maison chez ma mère. Je croyais aux non-sens, comme à l'humanité et aux êtres humains. En sortant de là , les ombres se dissipèrent et ils virent les pierres qu'ils me montraient que soit tu écrases et vaincs, soit on t'écrase pour vaincre.

Suis je cruel? Pas du tout. Si aujourd'hui je suis ici, c'est parce que quelqu'un n'a pas été admis au Master de Lyon 3 l'année dernière,donc j'ai écrasé quelqu'un pour venir ici même sans savoir.

Après tout ce qui se passa, le couchemar, j'arrive à ouvrir les yeux. Je vais commencer un nouveau master, connaître des gens, des sensations,des parfums. Tout se passe devant comme les choses simples et belles qu'un enfant voit. Tout est nouveau,cependant contrairement aux enfants, je traine toujours prévenu, mais distrait.

Quel projet est à venir? Personne le sait. Je ne sais guère si des galères sont à venir ou un avenir bien plus "normal". Des fois je remercie bizarrement au mec qui a mis du feu dans la maison, car cet évenèment a fait déclencher une série d'épisodes dans ma vie qui m'ont permis de gouter le plaisir et la douleur de vivre.

Je creuse les lignes tordues de mon destin qui n'exerce aucun contrôle sur moi. Dorénavant, tout peut s'éclater dans l'air a chaque souffle voisin qui me croise. Je ne sais mot si ce ne fut pas indispensable telle aventure et je me doute encore plus si ce ne seront pas importantes tant d'autres à venir.

Comment peut on battre le temps et ses surprises, caprices? Aucun mouvement est possible. Ce sont les rêves qui nourrissent nos vies, mais l'argent qui les fait vivre. Peut-être que j'écrirai un manuel dont le titre sera "Comment étudier en Fimrance avec 0€" ou pour être plus sincère: "Comment venir, vivre et étudier en Europe sans rien: les mésaventures d'un rêveur...."

Marcadores: 0 reações | | edit post
Trobadour Solitaire
Dans une soirée estivale avec Sofian, on a rencontré un jeune étudiant avec qui on a passé deux heures à parler de la politique d'Afrique. Derrière nous, il y avait un "ami" qui faisait absolument rien. Une telle résignation ne fut rien d'autre qu'un manque de conscience politique qui lui faisait croire que "la politique n'est pas importante". Or les principaux épisodes de l'épopée humaine sont politiques, non?

A quoi sert cette science sinon pour empêcher les confrontations corps à corps des bêtes humaines dont les cerveaux ont été anéantis par l'industrie culturelle ou le nationalisme?

Parler de politique ne doit pas être vu comme un tabou ou un sujet ennuyant, mais plutôt un moyen d'exprimer la haine que chacun de nous porte devant les misères humaines du jour à jour.
Celles qu'on se heurte au transport, dans la rue ou même à la télé.

Qui serais-je sans la politique? Réponse: .......

Et vous? Qu'en pensez vous?
Trobadour Solitaire
Por que as pessoas acreditam que possuem um pais? Por que as pessoas crêem que um pais possa ser de alguém? "Meu pais....". Tal inicio de frase me faz acreditar que tal pessoa se limita, limita seu saber, seu conhecimento pelo lugar onde nasceu. Seria como dizer que uma pessoa que nasce na favela, filho de traficantes e puta vai se tornar um criminoso....


O Estrangeiro

Quem amas mais, homem enigmático, anda? Teu pai, tua mãe, tua irmã ou teu irmão?
- Não tenho pai, nem mãe, nem irmã, nem irmão.
- Teus amigos?
- Utilisas uma palavra cujo sentido me é até hoje desconhecido.
- Tua pátria?
- Ignoro em que latitude ela se situa.
- A beleza?
- Eu a amaria de bom grado, deusa e imortal.
- O ouro?
- Odeio-o como odeias Deus.
- Ora! Que amas então, extraordinário estrangeiro?
- Amo as nuvens... as nuvens que passam... lá longe... lá longe... as maravilhosas nuvens!

Pourquoi les gens croient qu'elles possèdent un pays? Pourquoi les gens croient qu'un pays puisse appartenir à quelqu'un? "Mon pays..." Tel début de phrase me fait croire que telle personne se limite, cela limite son savoir, ses connaissances par l'endroit où elle est née. Ca serait comme dire qu'une personne qui nait dans un endroit dangereux et dont les parents sont des criminels deviendra un jour, un criminel.

Un poème de Baudelaire pour synthetiser tout ce que je viens de dire...

L'Étranger

Qui aimes-tu le mieux, homme énigmatique, dis? ton père, ta mère, ta soeur ou ton frère?
- Je n'ai ni père, ni mère, ni soeur, ni frère.
- Tes amis?
- Vous vous servez là d'une parole dont le sens m'est resté jusqu'à ce jour inconnu.
- Ta patrie?
- J'ignore sous quelle latitude elle est située.
- La beauté?
- Je l'aimerais volontiers, déesse et immortelle.
- L'or?
- Je le hais comme vous haïssez Dieu.
- Eh! qu'aimes-tu donc, extraordinaire étranger?
- J'aime les nuages... les nuages qui passent... là-bas... là-bas... les merveilleux nuages!

Perchè le personne credonno di possedere un paese? Perchè le personne credonno che un paese puoe essere a qualcuno? "Il mio paese"...questo inizio di frase mi fa credere che tale personna si limiti, limiti il suo sapere, sue connoscenza per il luogo in cui è nata. Sarebbe come dire che una personne che è nata in un posto pericoloso i cui genitori siano criminali, diventera a sua volta criminale.

Un poema di Baudelaire per sintetizare tutto che ho appena detto

«Dimmi, enigmatico uomo, chi ami di più? tuo padre, tua madre, tua sorella o tuo fratello?
- Non ho né padre, né madre, né sorella, né fratello.
- I tuoi amici?
- Usate una parola il cui senso mi è rimasto fino ad oggi sconosciuto.
- La patria?
- Non so sotto quale latitudine si trovi.
- La bellezza?
- L'amerei volentieri, ma dea e immortale.
- L'oro?
- Lo odio come voi odiate Dio.
- Ma allora che cosa ami, meraviglioso straniero?
- Amo le nuvole... Le nuvole che passano... laggiù... Le meravigliose nuvole!»


Trobadour Solitaire

Les regards changent à chaque pluie qui tombe sur Lyon. La nécessité d'avancer me fait oublier le temps qui s'écoule devant moi. Pourquoi l'être humain se plaint? Manque de quelque chose? Douleur? Ou une simple habitude venue d'un manque de douleur?

Lorsqu'on se plaint, on cherche peut-être à faire avancer nos envies et faire devenir réel les besoins que chacun cache derrière les yeux. Cependant, il y a un sentiment ici qui contrarie tout ce que je viens de dire.

Dans mes recherches, j'ai découvert que tel sentiment vient d'un égoisme, d'un oubli de l'autrui. Les gens cherchent toujours une raison pour ne jamais dire : "je suis bien, je vis bien".

A part le chômage et les tristesses naturelles de la vie, rien justifie telle attitude.

En France, on profite d'un système excellent. Rien à se plaindre. Comment peut-on parler de discrimination dans un pays où n'importe qui peut avoir des aides de l'Etat? Comment peut-on parler d'inégalité quand mon voisin qui gagne 3000€ par mois a la même carte vitale, prend le même bus qui n'est jamais en retard ni plein que moi? Ou son fils étudie dans la même classe d'un fils d'immigrant qui se dit discriminé? ARRETEZ DE VOUS PLAINDRE et regardez à côté de vous.

Les USA sont le pays le plus riche du monde, mais quand même la vie là bas est loin d'être la meilleure du monde. Le mot "humanité" n'existe qu'au musée, il se retrouve juste à coté du mot "égalité".

Ici, il y a Marianne avec ses deux mains. Celle qui caresse, qui protège et l'autre qui nous laisse courrir en attendant qu'on la desrepecte pour nous punir. Le contrôle est mobile, on ne peut jamais savoir quand il va nous ratrapper.

On pourrait surnommer le système français comme "surveiller et punir", l'américain de "laisser-faire" et le chinois de "ferme ta gueule". Tout ça pour dire que se plaindre ne fait pas forcément partie de la culture français, mais de la France. C'est bizarre, mais ce que je veux dire que le mécontentement s'acquiert ici. La raison? Je pense qu'on a tout à côté de nous, quand on souffre pas à cause de l'oubli, on cherche à bouder pour qu'on nous voie d'une manière différente comme un gamin.

Ma vie n'est pas la meilleure ni la plus exemplaire pour un homme ou un étudiant, toutefois, je ne me plains jamais, car la joie de vivre, l'espoir ne me quittera jamais. Les larmes ont un gout bien plus intéressants que le déplaisir. Surtout quand on se souvient des larmes d'un passé qui nous fait rigoler quand on est bien, tranquile, heureux. Au lieu de vous plaindre, PORTEZ PLAINTE. Il va falloir bien vivre pour comprendre telle affirmation ou tout simplement voir le monde avec d'autres yeux...

Je vous laisse, la pluie s'arrêta. Comme toujours, le sol viendra le demain...
Trobadour Solitaire
E quase verao ou quase isso. Ja se vê pernas branquelas de fora à procura de uma cor perdida. Nao se vê o mar beijar a praia, mas as aguas do rio levando o cisne branco ao encontro do concreto. Rio, sol, tranquilidade : férias.

Dissertaçao ainda em curso, ainda que o anoa qui termine em junho, poderei entrega-la em setembro. Sera dificil, mas nunca me disse que um mestrado en France seria facil. Ainda que para entrar seja mais simples e democratico que no Brasil( a admissao se da à partir da analise do dossier do estudante.), encarar aulas mortas e tediantes nao foi facil. O ensino francês em si é tediante.

O professor manda e ponto. O estudante nao é convocado a verbalizar seus conhecimentos oralmente, porém este é obrigado a fazer isso na escrita durante as provas de 4horas de duracao. Estruturalmente, a universidade é disparada a mais humana e melhor. E o mais engraçado é que mesmo assim, eles nunca estao satisfeitos. Antes eu acreditava que isso sera um sentimento sessentoista, mas me dou conta que é mais uma modinha facebookista. Greve estudantil tem hora para começar e acabar e a policia chega antes que os manifestantes !

Observando quem sao os tais grevistas, nao se vê nenhum motivo para tal. Garotinhos que acham que estudantes têm poder. Berram na rua e depois fazem a revoluçao no facebook. Enquanto que estudantes africanos se prostituem para ir à uma universidade na França, esses cospem no ensino… Se lamentar é o sentimento que SE adquire na França.

No proximo post, como é facil mobiliar um ap na França e o choque cultural da China.

Marcadores: 1 reações | | edit post
Trobadour Solitaire
Decidi entrar na onda do velov. Antes de contar mais uma historia, explico o que é o velob. 

Velov é o nome dado às bicicletas disponiveis à população( não apenas em Lyon, mas em toda a França e aparentement em toda a Europa) por um baixo custo(apenas um euro por uma hora ou 10 euros por ano todo). 

A cada esquina de Lyon ha uma estação de velob. Algo pratico, mas impossivel no Brasil. Por que? Cidades grandes e falta de segurança, seja na cidade, seja no outro, mas isso é um outro assunto.

Com o velov eu percorro Lyon por cima( antes usava o metrô ), entre os carros, entre os olhares diferentes e sedentos de mudança que se vê aqui em Lyon. Um chinês que conversa em francês com um senegalês que sauda um argelino em arabe que fuma sisha com um brasileiro. Ainda que a França não aceite a diferença, contrariamente à Espanha (senti essa mudança quando estive em Sevilha), é inegavel a presença dessa coisa tão importante e marcante para qualquer pessoa: diversidade.

Ainda que a população brasileira seja fruta de uma miscigenação estupida que resultou em um povo lindo, não ha no Brasil tal diversidade cultural chocante. Infelizmente porque o pais é tão grande que diferentes e diversos para mim é aquele que esta ha apenas uma hora de avião de minha casa ou porque não ha tantos estudantes estrangeiros circulando pela cidade.

Pedalando,algo que eu NUNCA fiz em Salvador, eu cruzo Lyon e veja a cidade que se movimenta de segunda à sabado e morre aos domingos( 14h e não ha ninguém na rua e nada para fazer). E foi pedalando que eu me deparei diante de uma manifestação palestiniana. Pus a bicicleta na estação, tirei papel e caneta da mochila e entrevistei os manifestantes que protestavam contra a visita de um ministro de Israel.

Lyon é uma cidade pequena com cara de grande. Metrô, trem que circula na rua, ônibus e o velob'. Para uma cidade de apenas 900 mil habitantes, ha meio de transporte suficiente....

Eu moro atualmente com 3 pessoas em um apartamento. Um verdadeiro Albergue Espanhol , um português que so anda conversando com Bob Marley, uma marroquina que bebe champagne a noite toda e uma romena que trabalha como uma escrava. O bairro é popular, proximo a tudo. Depois de ter conhecido toda a periferia lionesa, eu finalmente moro no centro.


Marcadores: , , 3 reações | | edit post
Trobadour Solitaire
Lors de ma ballade en velob' vers Bellecour, je tombe sur une manifestation dont les participants portaient des drapeaux de la Palestine. J'ai mis quelques secondes pour y aller, car je ne croyais pas que c'était du sérieux, vu qu'il n'y avait pas de la police autour d'eux.

Je parle à un monsieur qui porte un drapeau de ce pays. Il me dit: "Nous sommes là en raison de la visite du ministre des affaires étrangères d'Israel, Avigdor Liberman. Cet homme veut déclencher la 3ème guerre mondiale" dit Abdelaziz Chambi leader du groupe Resistance Palestine qui était au point zéro de Lyon depuis 18h.

On lui demande si l'Elysée est d'accord avec la politique d'Israel, Chambi affirme que oui et y rajoute: "C'est indigne. Il y a un virage, la république française soutien Israel et ses crimes." Son collègue, Karim, me demande qui je suis. Il s'étonne quand je lui dis que je suis journaliste, car " Il y a une absence volontaire de la part des medias français. A mon avis, ça c'est une cumplicité avec le sionisme".

Une cinquantaine de personnes rejoignaient Chambi et Karim d'une façon pacifique. Pas de cris, blocage. On demande à Karim pourquoi le sujet Israel est interdit et presque intouchable en France, il me répond en souriant: "Israel s'utilise de la culpabilité du passé pour massacrer le peuple palestinien. En France, on n'a pas le droit de critique ce pays sans se passer par un naziste. Pourquoi nous les palestiniens devont payer pour les crimes des nazistes"

Abdelaziz Chambi affirme qu'aucune autorité française les a reçu et le plus chocant: "Vous savez, l'année dernière M. Collomb a bani l'une de ses collaboratrices( Sabiah Amine) qui a osé faire une manifestation avec nous. C'est ça la gauche en France? Elle est pire!"

Je reste encore une demi-heure à la recherche des collègues journalistes, mais c'est en vain. Il parait que le sujet Israel en France est interdit et que les médias français sont soumis à la politique de l'Elysée qui soutient les attitudes laches de ce pays.

Il y avait aussi parmi les participants, une photo d'un jeune homme "Il s'appelle Salah Hannourie,c'est un prisonnier politique franco-palestinien. M.Sarkozy n'a rien fait pour l'aider. Il est en prison en Israel et il n'a rien fait du tout. L'Etat français a reçu la famille de Florence Cassez (française condmanée au Méxique), ils ont tout fait pour l'aider, je me demande donc pourquoi on a fait rien fait pour Hannouri, c'est du saoisme ça."

Chambi me salue en arabe et il me dit une dernière chose: "Israel et tous ses copains exploitent le front du commerce, la souffrance du passer pour exploiter notre pays et taire les rébelles".
Marcadores: , 0 reações | | edit post
Trobadour Solitaire
Nem conto mais quantos meses vivo nas marés perigosas e viciantes da Europa. O meu barco nunca esteve ancorado, seguro, mesmo se as imagens da minha vida aparentem que ele esteja. Mês passado(abril), foi um mês, como todos os outros longe de casa, EXCITANTE. Minha vida se tornou assim desde que tive a idéia louca-corajosa-viva de sair de Periperi sem grana e vir para a Europa e encarar a crise(mesmo se esta começou depois de eu ter chegado, alias, quando eu cheguei, azar?)

Finalmente tive o prazer de conhecer a Italia. Lugar tão vivo e alegre, mesmo se politica la se tornou sinônimo de nazismo e totalitarismo. A Italia tem um César(Berlusconi) estupido assim como a França um Napoleão (Sarkozy) tosco e baixinho como o mais conhecido Napoleão.

Fui vitima de um assalto não-visto na Italia. Dormia no trem quando alguém abriu minha mochila e roubou duzentos euros. A partir dai, o meu futuro tornou-se ainda mais incerto. Mesmo se eu pude conhecer uma amiga maravilhosa na Italia, conhecer Milão, o circuito de Monza, a cidade de Turim que se parece incrivelmente com Paris, o projeto-frança tornou-se ainda mais fragil que o elo que distancia a vida do total nada.

O mês de abril me proporcionou também uma grande experiência: o jornalismo. Ha sete meses escrevo gratuitamente para um jornal daqui de Lyon e essa arvore não capitalista me proporcionou um prazer: uma viagem à Sevilha. Ô cidade quente, me fez pensar em Salvador.

Conferência sobre a diversidade cultural, caras, bocas, linguas, habitos, lugares, comidas, meus olhos, meu espirito cercado de diversidade e na ponta da minha caneta, a busca por escrever contra aqueles que não compreendem que não é necessario ser igual para ser bom. A diferença se faz quando poucos conseguem ser bizarros ao pensamento e aos rostos da maioria.

No entanto, a minha realidade não é feita de hotel de cinco estrelas e etc. Sem dinheiro, trabalho, agora é matar o urso com um canivete e tentar sair com o minimo de feridas desse encontro tosco: passar de ano e tentar mudar a carreira ano que vem. Esta é a minha meta, porém ha uma tentação, voltar ao Brasil e fazer da França apenas uma experiência de vida.

Nunca entendo porque se julga o dinheiro como algo diabolico, quando ele deveria ser o maior sinal de uma vida sobrehumana. Money is GOD. Se ha algo superior ao ser humano, isso se chama DINHEIRO. E' onimpresente, onisciente e controla todos que estão debaixo do sol. Isso tudo que eu acabo de dizer não é nenhuma novidade, mas apenas as dificuldades e o não-amanhã (pergunte-me no msn o que isso quer dizer) te faz engolir e sentir o gosto de tais palavras.

A luta continua, incerteza é meu sobrenome e Força Sempre continua a ser o meu lema.
Trobadour Solitaire
Na Inglaterra estudantes seguirao aulas sobre rede social, blog e podcast

Graduar-se em
social network em vez de historia? Estudar blogging ou podcast em vez de tediantes guerras em livros da historia moderna? Por que nao? A partir do proximo ano, o percurso escolar para os alunos das escolas na Gra Bretanha poderao se tornar mais atraentes, ao menos se se considera a aderencia da atualidade

Os estudantes de dez anos deverao aprender a lidar com atividades como blogs, podcast e serem capazes de consultar Wikipedia, Twitter e escrever, quer seja a mao ou com o teclado.

Se por um lado restariam seis areas de ensino(ingles, comunicacao e lingua, matematica, ciencias e tecnologia, ciencias humanas, sociais e ambientais, educacao fisica, arte e design), do outro, no ambito do novo projeto, algumas materias como o estudo do perido vittoriano o da Segunda guerra mundial poderao se tornar facultativas.

Para evitar de sobrecarregar a cabeca das criancas com muita teoria, a escola propoe um novo modo de ensinar materias como historia. De novo, em relacao aos programas precedentes de estudos, nao ha apenas a atencao a internet e a comunicacao, mas tambem a sociedade e ao ambiente. De acordo com os especialistas, o ensino basico devera tambem ensinar as criancas como se comportar no mundo exterior e como se defender na sociedade ou ainda como construir relacoes com o outro.
Mas essa novidade, atinge tambem o nivel universitari. A partir do proximo ano, se podera graduar-se em "social networking". Um modo para transformar a paixao de muitos jovens em um caminho academico e profissional.

A partir do proximo aluno letivo, em Birmingham se iniciara um curso de especializacao em Facebook, Twitter e Bebo.Custara cerca de quatro milhoes de libras e foi apresentado aos estudantes no site da universidade, com um video em que se destaca as vantagens e beneficios de tal curso. Um professor explica: "Ensinaremos o que se pode fazer com os sites de social networking, como podem ser usados para a comunicacao e o marketing. Durante o curso tomaremos em consideracao o que as pessoas podem fazer usando Facebook e Twitter, e como isso pode ser usado na comuniccao para dar um inicio a uma carreira no jornalismo ou em relacoes publicas”.

Polemicas nao faltam. Muitos sustentam a idéia de que o conteudo seja tao simples que nao haja necessidade de um professor. "As pessoas ja conhecem essas coisas. E um totalo desperdicio dos recursos academicos” protesta um professor. Imaginos porem que nao serao poucos que irao frequentar as aulas de "construcao de podcast" ou de html.

E voce? O que acha? Isso daria certo no Brasil, por exemplo


Artigo traduzido, clique aqui para ver o
original em italiano
Trobadour Solitaire
Ho deciso di venire in Italia per dimenticare i casini che mi sono successi in Francia. Un'idea stupenda, ma anche pericolosa.

Il primo giorno a Torino mi hanno rubato due ento euro. Il sogno era diventato incubo? No. E' stato l'inizio di un'altra avventura fra le tantissime nella mia vita.

A Torino, ho visto una città meravigliosa, non avrei mai creduto che un citta' potesse assomegliare cosi tanto a Parigi, pero la citta piemontese ha piu vita. Nei due giorni che ci sono stato, ho conosciuto anche Alba attraverso le conoscenze di Stefano, un ragazzo appassionato di questa citta.

Sono arrivato a Milano dove ho conosciuto un'amica meravigliosa che mi ha aiutato tantissimo durante i giorno che sono stato in Italia. Non sono medico di cuore, ma posso dire che lei ne ha uno grandissimo, è una personna che conosce perfettamente il significato della parola felicita e gioia di vivere.Mi è piaciutto un sacco incontrarla e anche se non gliel'ho mai detto , se sono venuto a Milano e non a Roma, è colpa sua. Con lei sono andato al circuito di Monza, precisamente nella curva Ascari. Quante emozioni.

In Italia, ho scoperto anche che non ci vogliono tantissime cose per sviluppare lo spirito di umanita che abita in ciascuno di noi. Ci sono tantissime persone che dicono che l'Italia è diventata un paese povero, quasi un terzo mondo con una maschera da primo. Forse hanno ragione, gli italiani vivono una dittatura non dichiarata, pero penso che Berlusca ha creato una scuola per gli altri presidenti dell'Europa, soprattutto per quello che si crede d'essere il nuovo Napoleone.

Purtroppo il mio viaggio ha quasi finito. L'esperienza in Italia mi è fatto benissimo, ho trovato anche un lavoro e vi giuro che fra poco ritornero per passare altre settimane.


Trobadour Solitaire

Le moment est compliqué. Il y a six mois je partais de Salvador, du Brésil, du manteau de ma famille pour travesser l'Atlantique à la rechercher de changement. Rêve réalisé. Contrairement à d'autres étudiants qui viennent en France, je n'ai pas eu aucun problème ni pour m'adapter ni avec la langue, etc. Mon problème c'était de ne pas avoir été patient. Je n'ai jamais eu chez moi durant tous ces six mois ici.

Pour ceux qui m'ont vu à Salvador, avec une immense angoisse de faire à face à quelque chose différente et me disaient toujours “reste un peu plus, fais un peu de thune et après tu te barres”, seront bien étonnés de lire cette phrase: « j'aurais dû avoir mieux organisé tout ça. Qu'est ce que c'est manque d'organisation a fait?

Bon, dans ces six mois sur l'hexagone, j'ai vécu d'expériences absurdes, inimaginables même pour une personne qui a passé toute sa vie ici. Pas de logement, incendie, manque de respect de gens qui m'ont mis à la porte, de visites hebdomadaire au commissariat de police, tribunal, organismes de la République Française, tout ça fût la conséquence de cette précipitation courageuse que j'ai pris. J'ai toujours su que la vie ici serait dure, mais je n'ai jamais imaginé qu'un « oubli » me coûterait presque ma vie.

Mais, je vous pose une question: que puis-je faire s'il y a en moi une envie de grandir, changer le plus que le normal? Que feriez-vous si vous aviez une envie pareil, d'élargir vos horizons, connaître de gens, ouvrir l'esprit et vivre et pas seulement attendre la mort arriver? Au lieu d'attendre des années, décennies ou jamais venir ici pour profiter de cet système qui marche très bien aujourd'hui grâce à un vol humain et historique, j'ai décidé de faire face à la vie « sans » quelqu'un comme bouclier et apprendre ce que veut dire l'expression « chacun pour soi ». D'amis, d'amours, protection social, aide social, tout ça n'est qu'une représentation bidon qui existe seulement dans les papiers de ceux qui n'ont jamais touché le fond. Tous ces gens, organismes vous diront tout simplement : « Je suis désolé, je ne peux rien faire pour vous, bon courage pour la suite » lorsque vous toucherez le fond.

Moi, j'ai touché le fond, mais j'essaie peu à peu de me lever, monter le bâtiment social. L'ascenseur semble être cassé ou peut-être qu'on m'a oublié ici en bas . Les escaliers sont très sensibles, dangereuses, fatigantes, mais elles me mèneront où je veux. Où? Franchement, je ne sais guère. Après cette période ici, rien, absolument, rien peut être organisé lorsqu'on n'a pas d'argent. L'argent est bon. Money is everything. Ceux qui vous diront le contraire, soit ils sont bourgeois, soit des démagogues.

A ceux qui passent leurs temps à se plaindre tout le temps lorsqu'ils ont tout dans la poche et sur la table je dis: FUCK YOU!

P.S: Pour l'instant je n'ai pas été victime ni du racisme, ni de la police française qui fait de la chasse humaine dans les rues et ruelles de la Sarkoland.

P.S²: Bien fait à ceux qui ont voté pour Sarko.



Marcadores: , 6 reações | | edit post
Trobadour Solitaire
O momento é complicado. Ha seis meses eu saia de Salvador, do Brasil, das asas da familia para atravessar o atlântico em busca de mudança. Sonho realizado, ao contrario de tantos outros estudantes que vêm para ca, eu não tive nenhum problema com adaptação, lingua e etc. Meu problema foi de não ter sido paciente. Nunca tive um lugar so meu aqui como qualquer outro estudante.
Para quem me viu em Salvador com toda aquela ansiedade para encarar algo diferente e sempre me dizia "fique mais um pouco, faça dinheiro e depois você vai", ficara espantado ao ler esta frase: eu deveria ter planejado mais. O que tal falta de plajenamento causou?
Bem, em seis meses em territorio francês, eu vivi experiências absurdas, inimaginaveis até mesmo para uma pessoa que nasceu aqui e jamais saiu daqui. Falta de lugar pra ficar, incêndio, falta de respeito de pessoas que me puseram para fora de casa sem justificativa, visitas diarias a policia, tribunal, organismos da Republica Francesa, tudo isso é consequência da precipitação corajosa que eu tomei. Eu sempre soube que a vida aqui seria dificil, dura, mas eu nunca achei que um "esquecimento" de organização me custaria quase a minha vida.

Mas, eu pergunto: O que posso fazer se ha em mim uma vontade de crescer mudar mais rapido do que o normal? O que você faria se tivesse uma vontade dessa de ampliar horizontes, conhecer pessoas, abrir a mente, viver e não apenas esperar a morte chegar? Em vez de esperar anos, décadas ou nunca vir para aproveitar desse sistema que hoje funciona bem graças a um roubo humano e historico, eu decidi meter a cara, encarar a vida "sem" alguém como escudo e aprender o que quer dizer a expressão cada um por si. Amigos, amores, proteção social, ajuda social, isso tudo é uma representação mentirosa que circunda nos papéis daqueles que nunca beijaram o chão. Todas essas pessoas, organismos te dirão "desculpas, não posso fazer nada por você" quando você mais precisar, quando você, um dia, beijar o chão.

Eu beijei o chão, mas estou me erguindo, subindo o prédio social. O elevador parece quebrado ou então eu acho que esqueceram de mim aqui no terreo. As escadas são sensiveis, perigosas, cansativas, mas elas me levarão para onde eu quero. Onde? Francamente, não sei, depois de seis meses aqui, nada, absolutamente nada pode ser planejado quando não se tem dinheiro. Dinheiro é bom, dinheiro é tudo. E quem te disser ao contrario ou é demagogo ou é burguês.

A todos aqueles que ficam choram no canto quando tem tudo na mesa e no bolso, eu digo fuck you!

P.S: Por enquanto eu ainda não fui vitima "direta" do racismo e nem da policia que caça literalmente humanos nas ruas da Sarkolândia.

P.S²: Bem feito aos franceses que votaram em Sarkozy! Sofram, chorem!

Marcadores: , 0 reações | | edit post
Trobadour Solitaire
A Europa seduz qualquer um com o seu conforto e riqueza originarias da colonização. Logo, eu estou falando dos paises do oeste europeu. Na França, precisamente, se goza de uma qualidade de vida excelente, ha um sistema de transporte eficaz, leis que funcionam, mas isso tudo custa muito caro e eu não estou falando de economia ou sobre a crise que abala os nervos e bolsos do mundo, mas de uma certa falta de alegria em viver.

Se a exploração de dezenas de paises deu a França todo o seu glamour, conforto, etc, durante esse processo, alias, massacre, eles perderam o significado da palavra humanidade, altruismo. Não quero generalizar, é claro, pois eu ja encontrei com pessoas aqui que conhecem perfeitamente o significado de tais palavras, pessoas vivas, solidarias. Eu falo mais de uma maioria que vai te lembrar o tempo todo que você não esta no seu pais e que você não é bem vindo aqui.

Ora, acreditar que se pode ter um pais é tão idiota quanto a contenção em si fruto de uma nacionalismo débil que reina na Sarkolândia. Para se ter uma idéia disso, veja o filme O Terminal e o seu questionamento sobre o que é ser apatrido e também sobre a fragilidade dessa coisa chamada nacionalidade.

Ai um amigo meu disse: "as franceses precisam de um sopro de cultura brasileira" quando falavamos sobre a beleza de tais mulheres. Eu acho que é necessario mais uma ventarada de alegria em viver para aqueles que preferem se fechar em si mesmo a conhecer o vizinho ou abrir a cabeça.

Talvez tudo isso seja por causa do inverno, do frio, então sera necessario esperar o verão para que eu tenha certeza das minhas conclusões.
Marcadores: 0 reações | | edit post
Trobadour Solitaire

L'Europe séduit n'importe qui avec son confort et richesse originaires de la colonisation. Je parle donc évidement des pays de l'Europe d'Ouest. En France, précisement, on profite d'une qualité de vie excellente, on a un système de transport efficace, des lois qui marchent, mais cela coûte cher, très cher et je ne suis pas en train de parler d'économie ou de la crise, mais plutôt d'un certain manque de joie de vivre.

Si l'exploitation de dizaine de pays a donné à la France tout son glamour, confort, etc, durant ce processus, aka, massacre ils ont perdu la signification du mot humanité, autruisme. Je ne veux pas généraliser évidement, car j'ai déjà croisé de gens ici qui connaissaient parfaitement la signification de ce mot et ils sont très gentils, vivants, solidaires. On parle d'une majorité qui te rappellera tout le temps que tu n'est pas dans ton pays et tu n'es non plus bienvenue ici.

Or, croire qu'on peut avoir un pays à nous est tellement bête que renfermement sur soi fruit d'un nationalisme débile qui règne dans la Sarkoland. Pour t'en rassurer, regarde le film Terminal et son questionement sur ce que c'est être apatride et aussi la fragilité d'une chose appellée nationalité.

Un ami à moi m'a dit que les françaises(on parlait de la beauté de ces femmes) ont besoin d'un soufle de culture brésilienne. Moi, je pense qu'il faut plutôt un coup de vent de joie de vivre à ceux qui préfèrent se fermer en soi-même à connaître le voisin, ouvrir l'esprit.

Peut-être que tout ça soit à cause du froid, de l'hiver, donc il va falloir attendre l'été pour être sûr et certain de mes conclusions
Marcadores: , 3 reações | | edit post
Trobadour Solitaire
Não é necessário sair do país para se dar conta do provincianismo que impera em Salvador. Uma metrópole que é considerada como tal por causa da sua riqueza acumulada nos anos 70 e 80 e igualmente por sua imensa população pobre, senão poderíamos considerá-la como um feudo, ou melhor, uma fazenda.


Salvador é o único lugar onde você é recepcionado por bambus após ter pego as bagagens no aeroporto cujo nome é o do filho do ex-eterno dono desses 70 mil hectares de terra localizados ao nordeste do país. Ainda que a população seja trabalhadora, ela age como um simples caipira que só precisa de pinga, forró e um paupérrimo salário para viver e ser feliz. Política, voto ou administração pública são vocábulos chineses para a maioria da população soteropolitana.

Para eleger, votar em alguém basta que ele(a) ou sei la o quê, diga que representará o bairro, uma classe social ou fazer festa antes do comício. É o suficiente. Experiência política, formação política, capacidade de gestão são outras palavras completamente desnutridas de semântica para tal população.

70% dos quase três milhões de pessoas que moram em Salvador se servem dos ônibus (navios negreiros pós-modernos?) para trabalhar. O transporte público em si só serve para isso: levar os peões para a luta diária de cada dia no centro da fazenda.

A burguesia, ou melhor, aqueles que se utilizam de um status de burguesia se escondem na Barra, Ondina e Itaigara e temem que um dia tais peões que, ou trabalham nas suas casas ou constrõem os apartamentos onde eles nunca poderão morar, continuem circulando entre as calçadas durante a noite e impeçam que os proprietários do local guardem os seus carros.

Na fazenda, as atividades culturais se resumem à festas de camisas que nos convidam para descer não sei para onde, arrastões e festas religiosas que de sagrado nada mais possui. Se há alguma outra atividade ou ela não é bem divulgada ou ela se concentra em pequenos bairros pseudo-intelectuais como Graça e Barra. Todos sabemos que a verdadeira burguesia esta além do Iguatemi, na Paralela, ou melhor, daquilo que antes era a mata Atlântica.

Para que eu não me esqueça há sim uma atividade constante: ir à praia, carnaval e ao Festival de Verão que esse ano conseguiu a proeza de por Alanis Morisette e Psirico juntos!

Esse artigo poderia ser longo, se o objetivo dele fosse enumerar as inúmeras razões pelas quais Salvador é uma fazenda, mas o artigo busca apenas fazer com que o leitor soteropolitano saiba que mesmo morando em uma fazenda, ele consegue manter a cidade viva e humana ( sim humana, mesmo com os 2 mil mortos assassinados ao ano ou um jornal que publica uma nota dizendo que não houve mortes em 12 horas.), pois para se dar conta dessa vivacidez da cidade é necessário cruzar os arames que cercam Salvador.

Marcadores: 0 reações | | edit post
Trobadour Solitaire
L''homme aurait-il un instinct de survivance inconscient? Je pense que oui. Après ce que je vais vous raconter, vous aussi vous allez finir par y croire. Suite à une panne de téléphone, j'ai décidé de dormir à l'étage du dessus dans la maison d'une famille chez qui je vivais.

3h du matin: Je suis allé dormir. Comme tout le monde, j'avais hâte de voir arriver le 31 pour passer la dernière nuit de 2008. Ce que je ne savais pas c'est que cette nuit serait la première d'une vie d'un survivant.

4h du matin : Je me réveille, je me réveille tout simplement. Un geste aussi simple que cligner des yeux, ce grâce à ce réveil que je peux vous raconter cette histoire. Je me lève et je vois une lumière par la fenêtre, je ne sais pas bien ce que c'est, j'ai pensé que ça pouvait être les voisins, je suis descendu par les escaliers, sorti de la maison et je me suis retrouvé devant la cabane en flamme et le feu entrant par le toit de la maison. Sans téléphone, je ne savais pas le numéro de la police ni des pompiers. J'ai décidé de quiter la maison encore une fois, j'ai frappé à la porte des voisins, sans réponse. La pluie glissait sur ma tête aussi fortement que la peur s'imprégnait dans mon corps. Je suis revenu à la maison et j'y passe une minute paralysé, la fumée dominait déjà la maison et j'ai déjà du mal à respirer. J'entends le bruit des portes d'une voiture. La police. 10 minutes après, les pompiers.

10h du matin le lendemain : J'ai raconté toute l'histoire au policier qui avait adoré ses vacances au Brésil, surtout parce que dans ce pays là il existe une chose appelée rodizio(un restaurant où on mange de la viande à l'aise et on ne paie presque rien)
"Vous avez failli mourir monsieur" dit le policier. Cette phrase me frappe d'une telle violence que je passe une minute en réfléchissant à tout ce qui s'était passé auparavant. Je me rends compte que j'avais survécu avec un hamster, car je m'étais réveillé. Des minutes de plus de sommeil et je serais devenu un sacré charbon ou je serais mort asphyxié.

Je préfère ne pas adopter pas un discours théologique pour justifier un tel évènement et la chance que j'ai eu, je préfère croire qu'être humain et avoir la volonté d'exister, un potentiel de vouloir exister malgré toute cette disgrâce et la misère humaine que nous sommes et que nous faisons

La police à découvert plus tard que c'était un crime volontaire qui avait pour intention de tuer les personnes qui étaient à l'intérieur de la maison. La vie en rose ne dure pas longtemps et aujourd'hui je me retrouve sans endroit pour rester, sans destin. Retourner au Brésil ? Peut-être. La jeunesse me permet encore de passer par ça et après de recommencer.

Aurait la mort perdue le premier round d'une lute dont personne ne connaît la durée ? Tant pis, nous savons tous qui vaincra au final de la lutte.


Marcadores: , 2 reações | | edit post
Trobadour Solitaire

Teria o homem um instinto de sobrevivência insconciente? Eu acho que sim. Depois do que eu vou contar a vocês, você também vai acabar acreditando nisso.
Apos uma pane no telefone, eu decidi ir dormir no andar de cima da casa de uma familia onde eu estava morando. Fazia frio embaixo, então decidi dormir no primeiro andar.

3h da manhã : Peguei no sono. Como todo mundo, eu estava ansioso que chegasse dia 31 para passar a ultima noite de 2008, o que eu não sabia que aquela noite seria a primeira de uma pos vida de um sobrevivente.

04h da manha : Eu acordo, eu simplesmente acordo. Um ato tão simples e sem sentido quanto piscar os olhos, porém assim como o piscar de olhos, esse acordar impediria que eu pudesse contar a vocês essa historia. Me levanto e vejo uma luz pela janela, não sei bem o que é, imaginei que pudesse ser os vizinhos, desci as escadas, sai da casa e me deparo com a cabana em chamas e o fogo entrando pelo telhado da casa. Sem telefone, não sabia o numero da policia, nem dos bombeiros. Decido sai da casa, bato na porta dos vizinhos sem resposta. A chuva escorrega pela minha cabeça tão velozmente quanto o medo se impregna no meu corpo. Volto para casa e passo um minuto paralizado, a fumaça ja domina a casa e eu ja tenho dificuldades em respirar.Ouço o bater de portas de um carro. A policia. Dez minutos depois, os bombeiros.

10h da manhão dia seguinte: Presto depoimento a um policial que adorou ter passado as férias no Brasil, principalmente porque nesse pais existe uma coisa chamada rodizio.
"O senhor quase morreu"-diz tal policial. Essa frase me toca tão profundamente que eu passo quase um minuto entendendo tudo o que tinha se passado ha algumas horas atras. Eu acabo me dando conta que eu tinha sobrevivido juntamente com um ramster porque eu acordei. Minutos ha mais de sono, eu teria virado carvão ou morrido asfixiado.

Não adoto um discurso teologico para justificar tal acontecimento e sorte que tive, prefiro acreditar que o ser humano em si possui uma vontade de existência, uma potência em querer existir apesar de toda a desgraça e miséria humana que somos e que fazemos.

A policia descobriu mais tarde que foi um crime culposo, ou seja, houve a intenção de matar a(s)pessoa(s) que estava na casa. A vie en rose não dura por muito tempo e hoje me encontro sem lugar para ficar, sem destino. Voltar ao Brasil? Talvez. A juventude ainda me permite passar por isso e depois recomeçar.

Teria a morte perdido o primeiro round de uma luta cuja duração ninguém sabe? Tanto faz, todo nos sabemos quem vencera ao final da luta.
Marcadores: , 1 reações | | edit post