Trobadour Solitaire
E quase verao ou quase isso. Ja se vê pernas branquelas de fora à procura de uma cor perdida. Nao se vê o mar beijar a praia, mas as aguas do rio levando o cisne branco ao encontro do concreto. Rio, sol, tranquilidade : férias.

Dissertaçao ainda em curso, ainda que o anoa qui termine em junho, poderei entrega-la em setembro. Sera dificil, mas nunca me disse que um mestrado en France seria facil. Ainda que para entrar seja mais simples e democratico que no Brasil( a admissao se da à partir da analise do dossier do estudante.), encarar aulas mortas e tediantes nao foi facil. O ensino francês em si é tediante.

O professor manda e ponto. O estudante nao é convocado a verbalizar seus conhecimentos oralmente, porém este é obrigado a fazer isso na escrita durante as provas de 4horas de duracao. Estruturalmente, a universidade é disparada a mais humana e melhor. E o mais engraçado é que mesmo assim, eles nunca estao satisfeitos. Antes eu acreditava que isso sera um sentimento sessentoista, mas me dou conta que é mais uma modinha facebookista. Greve estudantil tem hora para começar e acabar e a policia chega antes que os manifestantes !

Observando quem sao os tais grevistas, nao se vê nenhum motivo para tal. Garotinhos que acham que estudantes têm poder. Berram na rua e depois fazem a revoluçao no facebook. Enquanto que estudantes africanos se prostituem para ir à uma universidade na França, esses cospem no ensino… Se lamentar é o sentimento que SE adquire na França.

No proximo post, como é facil mobiliar um ap na França e o choque cultural da China.

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Trobadour Solitaire
Decidi entrar na onda do velov. Antes de contar mais uma historia, explico o que é o velob. 

Velov é o nome dado às bicicletas disponiveis à população( não apenas em Lyon, mas em toda a França e aparentement em toda a Europa) por um baixo custo(apenas um euro por uma hora ou 10 euros por ano todo). 

A cada esquina de Lyon ha uma estação de velob. Algo pratico, mas impossivel no Brasil. Por que? Cidades grandes e falta de segurança, seja na cidade, seja no outro, mas isso é um outro assunto.

Com o velov eu percorro Lyon por cima( antes usava o metrô ), entre os carros, entre os olhares diferentes e sedentos de mudança que se vê aqui em Lyon. Um chinês que conversa em francês com um senegalês que sauda um argelino em arabe que fuma sisha com um brasileiro. Ainda que a França não aceite a diferença, contrariamente à Espanha (senti essa mudança quando estive em Sevilha), é inegavel a presença dessa coisa tão importante e marcante para qualquer pessoa: diversidade.

Ainda que a população brasileira seja fruta de uma miscigenação estupida que resultou em um povo lindo, não ha no Brasil tal diversidade cultural chocante. Infelizmente porque o pais é tão grande que diferentes e diversos para mim é aquele que esta ha apenas uma hora de avião de minha casa ou porque não ha tantos estudantes estrangeiros circulando pela cidade.

Pedalando,algo que eu NUNCA fiz em Salvador, eu cruzo Lyon e veja a cidade que se movimenta de segunda à sabado e morre aos domingos( 14h e não ha ninguém na rua e nada para fazer). E foi pedalando que eu me deparei diante de uma manifestação palestiniana. Pus a bicicleta na estação, tirei papel e caneta da mochila e entrevistei os manifestantes que protestavam contra a visita de um ministro de Israel.

Lyon é uma cidade pequena com cara de grande. Metrô, trem que circula na rua, ônibus e o velob'. Para uma cidade de apenas 900 mil habitantes, ha meio de transporte suficiente....

Eu moro atualmente com 3 pessoas em um apartamento. Um verdadeiro Albergue Espanhol , um português que so anda conversando com Bob Marley, uma marroquina que bebe champagne a noite toda e uma romena que trabalha como uma escrava. O bairro é popular, proximo a tudo. Depois de ter conhecido toda a periferia lionesa, eu finalmente moro no centro.


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Trobadour Solitaire
Lors de ma ballade en velob' vers Bellecour, je tombe sur une manifestation dont les participants portaient des drapeaux de la Palestine. J'ai mis quelques secondes pour y aller, car je ne croyais pas que c'était du sérieux, vu qu'il n'y avait pas de la police autour d'eux.

Je parle à un monsieur qui porte un drapeau de ce pays. Il me dit: "Nous sommes là en raison de la visite du ministre des affaires étrangères d'Israel, Avigdor Liberman. Cet homme veut déclencher la 3ème guerre mondiale" dit Abdelaziz Chambi leader du groupe Resistance Palestine qui était au point zéro de Lyon depuis 18h.

On lui demande si l'Elysée est d'accord avec la politique d'Israel, Chambi affirme que oui et y rajoute: "C'est indigne. Il y a un virage, la république française soutien Israel et ses crimes." Son collègue, Karim, me demande qui je suis. Il s'étonne quand je lui dis que je suis journaliste, car " Il y a une absence volontaire de la part des medias français. A mon avis, ça c'est une cumplicité avec le sionisme".

Une cinquantaine de personnes rejoignaient Chambi et Karim d'une façon pacifique. Pas de cris, blocage. On demande à Karim pourquoi le sujet Israel est interdit et presque intouchable en France, il me répond en souriant: "Israel s'utilise de la culpabilité du passé pour massacrer le peuple palestinien. En France, on n'a pas le droit de critique ce pays sans se passer par un naziste. Pourquoi nous les palestiniens devont payer pour les crimes des nazistes"

Abdelaziz Chambi affirme qu'aucune autorité française les a reçu et le plus chocant: "Vous savez, l'année dernière M. Collomb a bani l'une de ses collaboratrices( Sabiah Amine) qui a osé faire une manifestation avec nous. C'est ça la gauche en France? Elle est pire!"

Je reste encore une demi-heure à la recherche des collègues journalistes, mais c'est en vain. Il parait que le sujet Israel en France est interdit et que les médias français sont soumis à la politique de l'Elysée qui soutient les attitudes laches de ce pays.

Il y avait aussi parmi les participants, une photo d'un jeune homme "Il s'appelle Salah Hannourie,c'est un prisonnier politique franco-palestinien. M.Sarkozy n'a rien fait pour l'aider. Il est en prison en Israel et il n'a rien fait du tout. L'Etat français a reçu la famille de Florence Cassez (française condmanée au Méxique), ils ont tout fait pour l'aider, je me demande donc pourquoi on a fait rien fait pour Hannouri, c'est du saoisme ça."

Chambi me salue en arabe et il me dit une dernière chose: "Israel et tous ses copains exploitent le front du commerce, la souffrance du passer pour exploiter notre pays et taire les rébelles".
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Trobadour Solitaire
Nem conto mais quantos meses vivo nas marés perigosas e viciantes da Europa. O meu barco nunca esteve ancorado, seguro, mesmo se as imagens da minha vida aparentem que ele esteja. Mês passado(abril), foi um mês, como todos os outros longe de casa, EXCITANTE. Minha vida se tornou assim desde que tive a idéia louca-corajosa-viva de sair de Periperi sem grana e vir para a Europa e encarar a crise(mesmo se esta começou depois de eu ter chegado, alias, quando eu cheguei, azar?)

Finalmente tive o prazer de conhecer a Italia. Lugar tão vivo e alegre, mesmo se politica la se tornou sinônimo de nazismo e totalitarismo. A Italia tem um César(Berlusconi) estupido assim como a França um Napoleão (Sarkozy) tosco e baixinho como o mais conhecido Napoleão.

Fui vitima de um assalto não-visto na Italia. Dormia no trem quando alguém abriu minha mochila e roubou duzentos euros. A partir dai, o meu futuro tornou-se ainda mais incerto. Mesmo se eu pude conhecer uma amiga maravilhosa na Italia, conhecer Milão, o circuito de Monza, a cidade de Turim que se parece incrivelmente com Paris, o projeto-frança tornou-se ainda mais fragil que o elo que distancia a vida do total nada.

O mês de abril me proporcionou também uma grande experiência: o jornalismo. Ha sete meses escrevo gratuitamente para um jornal daqui de Lyon e essa arvore não capitalista me proporcionou um prazer: uma viagem à Sevilha. Ô cidade quente, me fez pensar em Salvador.

Conferência sobre a diversidade cultural, caras, bocas, linguas, habitos, lugares, comidas, meus olhos, meu espirito cercado de diversidade e na ponta da minha caneta, a busca por escrever contra aqueles que não compreendem que não é necessario ser igual para ser bom. A diferença se faz quando poucos conseguem ser bizarros ao pensamento e aos rostos da maioria.

No entanto, a minha realidade não é feita de hotel de cinco estrelas e etc. Sem dinheiro, trabalho, agora é matar o urso com um canivete e tentar sair com o minimo de feridas desse encontro tosco: passar de ano e tentar mudar a carreira ano que vem. Esta é a minha meta, porém ha uma tentação, voltar ao Brasil e fazer da França apenas uma experiência de vida.

Nunca entendo porque se julga o dinheiro como algo diabolico, quando ele deveria ser o maior sinal de uma vida sobrehumana. Money is GOD. Se ha algo superior ao ser humano, isso se chama DINHEIRO. E' onimpresente, onisciente e controla todos que estão debaixo do sol. Isso tudo que eu acabo de dizer não é nenhuma novidade, mas apenas as dificuldades e o não-amanhã (pergunte-me no msn o que isso quer dizer) te faz engolir e sentir o gosto de tais palavras.

A luta continua, incerteza é meu sobrenome e Força Sempre continua a ser o meu lema.