Trobadour Solitaire
Eu já tinha ouvido falar e lido sobre o grande problema de falta de lugar para morar aqui na França, sobretudo para os estudantes. Eu acho que quem escreveu isso não era um Céline ou Saramago, pois não soube traduzir o sentimento de um desalojado ou prestes a. Pois bem, foi-me necessário alguns meses para sentir bem isso.

A França, assim como toda a Europa, poussi um grande problema mobiliário. Não há espaco para morar. Principalmente para os estudantes. Há aqueles que conseguem uma residência e pagam em média 200-300 euros, há outros que compartilham 40-60 m² com duas ou três pessoas e pagam em torno de 300-400 euros. E há outros.......... Aqueles que não têm dinheiro, procuram hospedagem e alimentação na casa de uma família e em troca cuidam das criancas e fazem tarefas domésticas. Algo que cresce cada vez mais na França e na Europa desde 2002. É benéfico para as duas partes: O estudante terá um teto para dormir e familia não se preocupara com os seus filhos e não gastara um centavo com isso. É uma questão de confiança entre as partes. Uma mão lava a outra.

Há alguns posts atras, eu falava sobre um tal sonho que hoje vivo. Hoje, talvez, eu esteja entre o sonho e um pesadelo. Não sei se Freud alcunhou esse estado transitorio, mas eu o chamaria isso de estado comprobatório. Aquele em que você transita entre o sonho e o pesadelo como forma de resistência ao estado de ápice (o sonho) e o estado de pertubo, agonia(o pesadelo).

Teoria a parte, a realidade de hoje me faz pensar e saber que os sonhos acabam não quando a realidade bate na porta, mas quando urge a necessidade de se traçar um outro sonho, porque sem eles somos serem mal alimentados, desnutridos de inteligência e perspectiva. Para tanto, é necessário remar tudo novamente, porque a praia é outra e está bem distante.

Segue vida e outros post estão a vir.
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