Trobadour Solitaire
Nem conto mais quantos meses vivo nas marés perigosas e viciantes da Europa. O meu barco nunca esteve ancorado, seguro, mesmo se as imagens da minha vida aparentem que ele esteja. Mês passado(abril), foi um mês, como todos os outros longe de casa, EXCITANTE. Minha vida se tornou assim desde que tive a idéia louca-corajosa-viva de sair de Periperi sem grana e vir para a Europa e encarar a crise(mesmo se esta começou depois de eu ter chegado, alias, quando eu cheguei, azar?)

Finalmente tive o prazer de conhecer a Italia. Lugar tão vivo e alegre, mesmo se politica la se tornou sinônimo de nazismo e totalitarismo. A Italia tem um César(Berlusconi) estupido assim como a França um Napoleão (Sarkozy) tosco e baixinho como o mais conhecido Napoleão.

Fui vitima de um assalto não-visto na Italia. Dormia no trem quando alguém abriu minha mochila e roubou duzentos euros. A partir dai, o meu futuro tornou-se ainda mais incerto. Mesmo se eu pude conhecer uma amiga maravilhosa na Italia, conhecer Milão, o circuito de Monza, a cidade de Turim que se parece incrivelmente com Paris, o projeto-frança tornou-se ainda mais fragil que o elo que distancia a vida do total nada.

O mês de abril me proporcionou também uma grande experiência: o jornalismo. Ha sete meses escrevo gratuitamente para um jornal daqui de Lyon e essa arvore não capitalista me proporcionou um prazer: uma viagem à Sevilha. Ô cidade quente, me fez pensar em Salvador.

Conferência sobre a diversidade cultural, caras, bocas, linguas, habitos, lugares, comidas, meus olhos, meu espirito cercado de diversidade e na ponta da minha caneta, a busca por escrever contra aqueles que não compreendem que não é necessario ser igual para ser bom. A diferença se faz quando poucos conseguem ser bizarros ao pensamento e aos rostos da maioria.

No entanto, a minha realidade não é feita de hotel de cinco estrelas e etc. Sem dinheiro, trabalho, agora é matar o urso com um canivete e tentar sair com o minimo de feridas desse encontro tosco: passar de ano e tentar mudar a carreira ano que vem. Esta é a minha meta, porém ha uma tentação, voltar ao Brasil e fazer da França apenas uma experiência de vida.

Nunca entendo porque se julga o dinheiro como algo diabolico, quando ele deveria ser o maior sinal de uma vida sobrehumana. Money is GOD. Se ha algo superior ao ser humano, isso se chama DINHEIRO. E' onimpresente, onisciente e controla todos que estão debaixo do sol. Isso tudo que eu acabo de dizer não é nenhuma novidade, mas apenas as dificuldades e o não-amanhã (pergunte-me no msn o que isso quer dizer) te faz engolir e sentir o gosto de tais palavras.

A luta continua, incerteza é meu sobrenome e Força Sempre continua a ser o meu lema.
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